Fatia de lares em que mulher é chefe da família avança e chega a quase metade do total, aponta IBGE

O aumento expressivo da participação de mulheres como responsáveis pelos lares no Brasil, que alcança quase metade das famílias (49,1%), reflete mudanças importantes na estrutura social e econômica do país. Entre os fatores que explicam esse avanço estão a crescente presença feminina no mercado de trabalho e a maior autonomia financeira das mulheres. A transição de uma visão culturalmente masculina de “chefe de família” para a designação de “pessoa de referência” nos domicílios também ilustra a evolução das dinâmicas familiares, em que o papel de liderança feminina é cada vez mais reconhecido.

A combinação de fatores econômicos e mudanças comportamentais contribui para essa transformação. Os dados do Censo 2022 também revelam variações regionais importantes, com dez estados brasileiros apresentando mais lares liderados por mulheres do que por homens, especialmente em estados do Nordeste como Pernambuco e Maranhão. Isso sugere que fatores como desigualdade socioeconômica, migração e a busca por melhores oportunidades podem estar impulsionando esse fenômeno nessas regiões.

Análise feita pelo Núcleo de Estudos Econômicos da @fecomercio.mg

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